Patrocínios alcançam US$ 565 milhões na temporada 2024/25
O uso de criptomoedas no futebol está em alta e alcançou a impressionante cifra de US$ 565 milhões em patrocínios na temporada de 2024/25. Esse crescimento de 20% em relação ao ano anterior mostra como os ativos digitais estão cada vez mais presentes no mundo esportivo.
Esse cenário acompanha o avanço das finanças descentralizadas, também conhecidas como DeFi. O valor total bloqueado nesse setor aumentou de US$ 61 bilhões em janeiro de 2024 para US$ 164 bilhões agora. Para dar uma ideia, os fan tokens, que são uma forma de envolvimento dos torcedores com os clubes, atingiram US$ 1,42 bilhão em valor de mercado, segundo o CoinGecko.
Andrea Morando, que é diretor de parcerias da Chiliz, uma blockchain focada em esportes, explicou que o papel das criptos no futebol mudou bastante desde o boom de 2020 e 2021. Hoje, as colaborações estão mais voltadas para os benefícios reais que a tecnologia blockchain pode oferecer, ao invés de ações de marketing que duram pouco.
Entre os motores dessa relação cada vez mais forte estão fatores como pagamentos ágeis para transferências de jogadores e salários, além de inovações como tokens de torcedores, NFTs e jogos que utilizam tecnologia blockchain, permitindo aos fãs participarem de decisões e ganharem recompensas.
Criptomoedas no futebol
O relatório revela que a união entre futebol e criptomoedas é baseada em uma filosofia comunitária e descentralizada. Isso aproxima os torcedores dos clubes, criando novas formas de interação. Desde 2018, já existem diversos exemplos dessa integração. Um caso interessante foi o de Harunustaspor, da Turquia, que fez parte de uma transferência em cripto. Em 2021, o jogador espanhol David Barral foi o primeiro a ser transferido totalmente com uma criptomoeda. E, em 2022, o São Paulo FC finalizou uma transferência no valor de US$ 6 milhões utilizando a stablecoin USDC.
Essas inovações vêm com novas parcerias. A Bitpanda, por exemplo, se tornou parceira oficial do Arsenal FC para a negociação de criptoativos. Em outra frente, a FIFA anunciou um projeto em maio com a Avalanche para desenvolver sua própria blockchain e criar jogos digitais.
Além disso, a Associação de Futebol da Argentina (AFA) firmou uma parceria com a Win Investments para tokenizar os direitos de treinamento dos jogadores. A expectativa, de acordo com a B2Binpay, é que essa conexão entre criptos e futebol continue a crescer, aumentando o uso da tecnologia blockchain nos contratos, no engajamento dos torcedores e nas operações financeiras do esporte.